“O CORPO SACERDOTAL DO CULTO AS DIVINDADES DA CAÇA”
Na Tradição YORÚBÀ as Divindades da Caça tem a sua importância devido à três princípios básicos:
O primeiro é de ordem material, pois esta Divindades quem possibilita as caçadas frutuosas e, em conseqüência, garante a comida em abundância.
o O segundo é de ordem médica, pois os caçadores, estando frequentemente na floresta, estabelecem contato com os OLOSÁNYÌN e os ONÍSÈGUN(Sacerdotes e Curandeiros do Culto à ÒSÁNYìN), possibilitando um amplo aprendizado sobre a medicina natural.
O terceiro é de ordem social, pois quase sempre um caçador quem descobre, sob a proteção das Divindades da Caça, por ocasião de suas incursões à procura da caça, um lugar favorável para o estabelecimento de uma nova roça ou de uma futura aldeia onde ele vem instalar-se com sua família. Este caçador se torna o primeiro ocupante do lugar e o dono da terra, à frente daqueles que virão instalar-se depois dele.
o O segundo é de ordem médica, pois os caçadores, estando frequentemente na floresta, estabelecem contato com os OLOSÁNYÌN e os ONÍSÈGUN(Sacerdotes e Curandeiros do Culto à ÒSÁNYìN), possibilitando um amplo aprendizado sobre a medicina natural.
O terceiro é de ordem social, pois quase sempre um caçador quem descobre, sob a proteção das Divindades da Caça, por ocasião de suas incursões à procura da caça, um lugar favorável para o estabelecimento de uma nova roça ou de uma futura aldeia onde ele vem instalar-se com sua família. Este caçador se torna o primeiro ocupante do lugar e o dono da terra, à frente daqueles que virão instalar-se depois dele.
Os caçadores e os pescadores, não correspondem a castas, mas sim a etnias. Suas atividades estão entre as mais antigas da Sociedade Humana: a “caça” que corresponde “duas caças”, uma na terra e outra na água hoje denominada de “pesca” representam também grandes escolas de iniciação, pois não há quem se aproxime imprudentemente das força sagradas da Terra-Mãe e dos poderes da mata, onde vivem os animais e os seres sobrenaturais. A exemplo, o caçador, de modo geral, conhece todas as “encantações da mata” e deve dominar a fundo a ciência do mundo animal.
Dentro do Panteão YORÚBÀ as Divindades da Caça mais conhecidas são:
ERINLÈ ou IBÙALÁMO
ODE
ÒSÓÒSI
ORÈLÚÉRÉ
LÓGUNÈDE
OTIN
ODE
ÒSÓÒSI
ORÈLÚÉRÉ
LÓGUNÈDE
OTIN
entre outros dos quais seus respectivos cultos se perderam na diáspora. Afim de preservar o culto as Divindades da Caça, foi estabelecida uma Irmandade composta por um corpo sacerdotal de seis membros masculinos, dentro de uma sociedade de caçadores. Esta Irmandade intitulada de ÀWON ARÁ MÉFÀ tem contribuído muito para que o culto as Divindades da Caça no Novo Mundo não caminhe a beira da extinção como ocorre em suas terras de origem – a África Ocidental.
DENOMINAÇÕES E FUNÇÕES DOS TÍTULOS:
DENOMINAÇÕES E FUNÇÕES DOS TÍTULOS:
OLÚ ODE – Primeiro título da hierarquia dos ARÁ MÉFÀ e Chefe dos caçadores; o sumo sacerdote do culto, guardião dos segredos da gênese cósmica e das ciências da vida, detêm o conhecimento, o entendimento e a sabedoria dos mitos e ritos litúrgicos às Divindades da Caça. Este tradicionalista, geralmente dotado de uma memória prodigiosa, normalmente também é o arquivista de fatos passados transmitidos pela tradição, ou de fatos contemporâneos.
O OLOODE ou ÀKÓ ARÁ MÉFÀ como também é conhecido, desempenha as suas funções auxiliado por seus dois assistentes: o ÒTUN ÀKÓ ARÁ MÉFÀ (o mais graduado dos dois assistentes de um chefe) e seu ÒSI ÀKÓ ARÁ MÉFÀ (o menos graduado dos dois assistentes de um chefe). O ÒTUN exerce a função somente na ausência do ÀKÓ ARÁ MÉFÀ e o ÒSI na ausência do ÒTUN. Caso ocorra a ausência inesperada dos três nada se faz. Mesmo o OLÚ ODE sendo o detentor de todo os segredos do culto ele não poderia realizá-lo sozinho por isso a metáfora a seguir nos explica: “ILÉ BABA MI NÍ ILÈKÙN MÉFÀ” - “a casa de meu pai tem seis portas” ou interpretando a metáfora para os ÀWON ARÁ MÉFÀ “seis em apenas um, um que se divide em seis”. Esta é a expressão resumida de um pacto firmado dentro do sagrado e não poderá ser violado. Desta forma todos os titulares devem serem auxiliados por seus ÒTUN e seus ÒSI.
EPERIN L'ODE – Segundo título da hierarquia dos ARÁ MÉFÀ, o Grande Caçador de Elefantes, a expressão elefante tem a conotação do maior animal de caça, não pela sua carne e sim pela sua presa, o precioso marfim; mas sabemos que o animal mais caçado são os antílopes. Detentor dos “encantamentos da caça”, aquele que antes de sair a uma caçada, com seu misterioso ÌRÙKÈRÈ passa sobre o arbusto de uma determinada folha e pela reação desta, sabia se o grupo deveria ou não sair à caça, pois na antiguidade quando um caçador aventurava-se a caçar e retornava à aldeia sem animais abatido era tido como sinal de mal agouro. Se necessitamos invocar o ÀSE das Divindades da Caça é a ele que deveremos recorrer, inclusive nos Candomblés é o EPERIN que “bate os chifres de boi” emitindo um som característicos que invocam as Divindades da Caça. Os Rito de Sacrifícios são de sua inteira responsabilidade.
KAKO ONÍKÙMÒ EKÙN – Terceiro título da hierarquia dos ARÁ MÉFÀ, “aquele que esta armado com a clave do Leopardo” o que significa que tem o poder de julgar e condenar, já que a figura do Leopardo esta associada à Justiça dos Homens. Sua função é manter a ordem política e social entre a comunidade de caçadores e a própria Irmandade, pois segundo o pacto não deve haver disputas ou desavenças entre si.
PAKÙN ODE – Quarto título da hierarquia dos ARÁ MÉFÀ aquele que auxilia o EPERIN nos ritos de sacrifícios e esta a seu cargo o trato dos animais antes e depois do sacrifício, com exceção da cozinha, pois sabemos que mesmo em território YORÚBÀ “ao homem esta vedado a cozinha ritual”.
ODE APERÍ – Quinto título da hierarquia dos ARÁ MÉFÀ detêm o conhecimento dos encantamentos, louvações, rezas e cânticos as Divindades da Caça. Este terá o direito de formar um um grupo de pessoais que auxiliar no coral e no conhecimento
dos mesmo
ODE APERÍ – Quinto título da hierarquia dos ARÁ MÉFÀ detêm o conhecimento dos encantamentos, louvações, rezas e cânticos as Divindades da Caça. Este terá o direito de formar um um grupo de pessoais que auxiliar no coral e no conhecimento
dos mesmo
ONÍ PÓNPÓ – Sexto título da hierarquia dos ARÁ MÉFÀ o guardião do templo dos caçadores aquele que detêm o poder de invocar a força de ELÉGBÁRA, juntos protegem a comunidade dos ataques dos AJOGUN (os inimigos sobrenaturais dos Homens). Embora este título pertença a esta Irmandade, aquele que o exerce é um dos sacerdotes do Culto à ALÁKETU – o primeiro Rei da cidade de KETU e ancestral do primeiro Rei da etnia ÈGBÁ (atualmente habitantes da cidade de ABEOKUTA)
Fora desta Irmandade mas pertencente ao Culto as Divindades da Caça ou a Sociedade de Caçadores, existe um IJÓYÈ “posto feminino” denominado ÌYÀ ODE ou ÌYÁOFARASODE, guardiã dos segredos de ÌYÁ APAOKA ou ÌYÁ NBANBA e que desempenha sobretudo a função de sacerdotisa; e não poderia ser diferente entre os demais cultos, pois “nada se faz somente com homens, assim como nada se faz somente com mulheres” a exemplo temos a Sociedade EGUNGUN e a Sociedade GELEDE.
Outros OLÓYÈ “posto masculino” que merecem um estudo a parte é o AFIRIKODE ou como muitos o conhece AFRIKODE e o OMOREKUN. que
em alguns tradição também e considerado como um Ara Mefa entre os oloye dos caçadores ainda temos o ONI ABO ODE, ONI TAFAODE E UMA SACERDOTISA MUITO IMPORTANTE DENTRO DESTE CULTO A IYA OFARERE.
em alguns tradição também e considerado como um Ara Mefa entre os oloye dos caçadores ainda temos o ONI ABO ODE, ONI TAFAODE E UMA SACERDOTISA MUITO IMPORTANTE DENTRO DESTE CULTO A IYA OFARERE.