terça-feira, 30 de agosto de 2011

Orí e Ritual Borí

Orí é o mais importante na vida de todos os seres humanos, Orí (Cabeça interna existência, destino) sendo assim é o mais importante de todos os òrìsà, pois é o que determina o destino do homem, é o Orí quem passa o àsé aos outros òrìsà, é o primordial o mais vital de todos, ele é o dono do ser. O primeiro a ser cultuado antes de qualquer outro òrìsà ou divindade. Por determinação de Olódùmarè, Ajáàlá Mòpin foi o modelador de Orí dos seres humano, ou seja, criador e auxiliador do nosso destino. Orí é a divindade pessoal, em toda a sua força e grandeza.
Ìpìn (destino). É Òrúnmìlá é quem assiste e entrega do nosso Ìpìn, por isso é denominado Elérìí Ìpìn, ou seja, a Testemunha do Destino. O nosso Elérìí Ìpìn, foi definido antes mesmo de nosso nascimento, quando então tivemos as opções de escolha e aceitação na presença de Ajáàlá,(o modelador de Orí), porém nosso Ìpìn certamente sofre influências e modificações aqui neste plano, devido as nossas atitudes (Lei de Causa e Efeito), bem como pela influência de terceiros (infelizmente isso é factível, pois há quem manipule os ajogun de forma a interferir negativamente em nosso Ìpìn). Porém isso também é reversível através de Ebó (oferendas) apropriados, afinal Òrúnmìlá é o Alátúnse Aìyé, ou seja, (aquele que restaura a ordem no mundo). Não acredito no estático, ou seja, na inércia, pois a vida é "movimento", assim sendo, meu destino sou eu quem o faz, pois serei a soma de meus atos, (bons ou maus, negativos ou positivos) , não importa, serei sempre o resultado desta soma.
Àtúnwa, quanto à reencarnação e uma possível quitação do Ìpìn, creem ser real, pois se por um ou outro motivo não cumprimos nosso Ìpìn.
Ìwà Pèlè, o bom caráter seria então pressuposto fundamental para o cumprimento de nosso destino de forma positiva no àiyé. Sabemos ainda que o executor de nosso Ìpìn é Èsù, em última análise é quem aplica as sanções determinadas por nossas ações. Acreditamos que o Orí está intimamente ligado ao conceito de Ìpìn Orí e à predisposição do homem para a realização deste destino.
Como já foi dito acima, o Orí é parte que representa nosso Ìpìn Orí (destino pessoal), ele está dividido em:

A-
Àkúnlèyàn, uma parte do destino que o espírito ao se preparar para encarnar-se na terra pega na casa de Ajáàlá (O olheiro do céu, o modelador de Orí).

B-
Àkúnlègbà, parte do destino que serve como elemento complementar do Àkúnlèyàn.

C
- Àyànmó, parte do destino que não possibilita mudanças (isso porque está relacionado a coisas como; Pai, Mãe, irmãos e a família de um modo geral).
Orí é o primeiro a ser louvado em todos os momentos, é a representação particular da existência individualizada (a essência real do ser). É aquele que guia, acompanha e ajuda a pessoa desde antes do nascimento, durante toda vida e após a morte, ajudando-lhe em sua caminhada e a assistindo o cumprimento de seu destino pessoal, cada ser humano com certeza está mais interessado na realização e na felicidade de cada homem do que qualquer outra divindade. Da mesma forma, mais do que qualquer um, ele conhece as necessidades de cada homem em sua caminhada pela vida e, nos acertos e desacertos de cada um, tem os recursos adequados e todos os indicadores que permitem a reorganização dos sistemas pessoais referentes a cada ser humano.
O conceito de Orí está intimamente ligado ao conceito de destino pessoal e à instrumentalização do homem para a realização deste destino. Podemos perceber que a compreensão sobre o papel que Orí desempenha na vida de cada homem está intimamente relacionada à crença na predestinação - na aceitação de que o sucesso ou o insucesso de um homem depende em larga escala do destino pessoal que ele traz na vinda para o mundo. A esse destino pessoal chamamos Ìpìn e é entendido que o homem o recebe no mesmo momento em que escolhe livremente o Orí com que vai vir para a terra. Muitas referências são feitas às relações entre Orí e o destino pessoal. O destino descrito como Ìpìn Orí - a sina do Orí - pode ser dividido em três partes: Àkúnlèyàn, Àkúnlègbà e Àyànmó. : Àkúnlèyàn é o pedido que você fez no domínio de Àjàlá - o que você gostaria especificamente durante seu período de vida na terra: o número de anos que você desejaria passar na terra, os tipos de sucesso que você espera obter, os tipos de parentes que você deseja. Àkúnlègbà são aquelas coisas dadas a um indivíduo para ajudá-lo a realizar esses desejos. Por exemplo: uma criança que deseja morrer na infância pode nascer durante uma epidemia para garantir a morte dele ou dela.
 “KI ORI INU MI, MA BA TI ODE MI JE” (que o meu Orí interno harmonize e não entregue a minha cabeça material) ORI GBÉ, SE FUN, ORI APERE GBOGBO A TE MI ORI SAM, ORI DE, ORI PELE ORI ORISA GBOGBO AWO. 


Borí e Ritual de oferenda à cabeça (Orí).

Todos nós antes de cultuar òrìsà temos que cultuar Orí.
Borí é um culto de equilíbrio, e fortalecimento da cabeça de cada indevido e deve ser feito a todas as pessoas sempre antes das oferendas ao Òrìsà da pessoa, através do Borí que fortalecemos nosso Orí para a canalização do Òrìsà a ser cultuado.
Todo Orí antes de ser cultuados temos que passar por ebó, de acordo com a determinação oracular do Òrìsà, existe varias maneira de cultuar Orí ,quando uma pessoa esta com problema de saúde, desequilíbrio, precisa fortalecer sua cabeça para esta em harmonia com seu eu, quando será iniciado ao culto dos òrìsà, nas suas obrigações de Odù Òrìsà, em cada situação tem a forma de se cultuar de acordo com os oráculos do Òrìsà.
ELEMENTOS QUE PODEM SER OFERIDO A ORISA ORI ; Obi , Orobo, Eko, Ekuru, Akara, Ogede Ile, Atare, Epo pupa, Oyin, Aruá, Esó, Isú, egbo sise, ewe, ose Dudu, ewe iya, .omi agbon, owo eyo, ireke, iyo, iyan, ori, Igbin , Eyele, Eja oro, eye etu, akuko adie.
Nem todos os elementos são usados em todos Orí, só através do oráculo que será determinado os elementos a serem usado para cada Borí.
Borí é uma oferenda pessoal para cada Orí individualmente, se a pessoa for de um òrìsà se faz oferenda para Òrìsà da pessoa, nunca um Borí para o Òrìsà da pessoa, Orí é o intermediário entre o criador (Olódùmarè) e o Òrìsà da pessoa quando fazemos Borí estamos fortalecendo nosso Orí, para melhor convívio com sua vida pessoal e consequentemente o Òrìsà. O destino dos seres humano vai ser mudado através da capacidade de cada um, quando somos iniciados ao culto do Òrìsà, a maior força é nosso Orí, e com ajuda do Òrìsà ele fica com toda a energia positiva para que possamos nos livrar das negatividades que o mundo nos oferece.
“Orí rere gbogbo Òrìsà, cabeça boa de todos Òrìsà”.

Texto pesquisa:
O corpo humano segundo a tradição afro religiosa é composto das seguintes partes.
ARA
- ou corpo físico visível.
OJIJI
- E a nossa sombra, nos acompanha onde quer que vá, ao mesmo tempo é seu amigo e seu inimigo. Quem não tem sombra está morto.
EMI
- é a respiração, o sopro de vida que anima o corpo humano. É o oxigênio que oxida o sangue e produz o calor necessário para a sobrevivência da célula...
OKAN
- o coração, é responsável pela manutenção de todas as partes do corpo vivo, levando o fluido vital (sangue), carregados com oxigênio e alimento para estas.
ORI
- A cabeça é ela que pensa e ordena ao corpo (ARA) os movimentos e ações, assim como comanda todas as funções vitais e é onde está contido o ORI INU.
ORI INU
- é o espírito interior do homem, é o eu de cada um, é a parte mais importante e também invisível para a existência. É independente de cada ser humano. Orí será afetado por dois componentes do corpo: o estômago (IPIN JEUN) e os órgãos sexuais (OBO ATI OKO), ambos podem levá-lo a perder o controle.
OPOLO
– O cérebro, é ele que acumula através dos anos os conhecimentos necessários para que Orí alcance a compreensão, o conhecimento e a inteligência que serão aspectos que melhorarão seu desenvolvimento dimensional.

IPAKO
-Cerebelo: A parte que rege as ações do corpo (ARA). Nem sempre atua em conjunto com Opolo porque se vê influenciado por
ipin jeun e obo ati oko ABIBO.
ABIBO
- O Òrìsà que ensinou aos homens a trabalhar e a mover os membros. Ele vive dentro do cérebro e da família de Orí. É constituída de duas partes:
akinkin otun olo orun abibo (hemisfério cerebral direito) e osin olo orun abibo gongo orun (hemisfério cerebral esquerdo).
ORI INU - se divide em duas partes: ORI APERE e APARI INU.
ORI APERE
- É o caminho que está predestinado na terra para cada indivíduo.
APARI INU
- Este será o comportamento ou o caráter da pessoa, que definitivamente melhorará ou piorará seu ORI APERE ou seu destino na terra. Se seu APARI INU for bom, então, poderá ser capaz de suportar as vicissitudes da vida em paz e harmonia, pode diminuir a dor, evitar as armadilhas, atenuar as consequências negativas, não dar importância às coisas materiais que só nos acompanham por pouco tempo, vai colocar tudo em termos de espiritualidade e de sua capacidade de adaptarem-se a seu preconcebido destino, nos levará para a felicidade apenas colocando terra abaixo nossos sentimentos impuros que obscurecem o interior de cada um de nós são eles: a vaidade, o ódio, o ciúme, egoísmo, maldade, ressentimento, etc. Sendo assim, teremos logrado o prazo para o fim, denominado IWA PELE que é a nossa paz interior e o controle do ORI APERE alcançando assim o estado de ORUN RERE, estado, que é o céu ou a dimensão dos deuses, ou seja, dizer que se converteria em um ORISA que é o verdadeiro objetivo da religião. Quem tem seu APARI INU em desacordo com seu ORI APERE obterá um estado de ORUN APAADI que é uma dimensão de sofrimento onde fica ali esperando apos a morte até chegar a hora de regressar á Terra AIYE. Que é onde passamos as provas e iremos melhorando nossa espiritualidade alcançando distintos níveis no ORUN até alcançarmos novamente o final ORUN RERE. Ifá diz que a Terra é um mercado, e o céu é nossa casa. Os animais seriam um exemplo para seguirmos, pois a tartaruga se conforma em nadar em suas águas e ali encontrar seu alimento e faz isso muito bem, porem nunca lhe ocorrera voar como uma águia, e assim como a águia voa alto e veloz, captura sua presa onde queira, e não lhe ocorre tentar nadar e comer como a tartaruga. O fato de não se conformar se torna inimigo do APARI INU e por sua vez se APARI INU se perder, nosso ORI APERE será um desastre.



IWA LEWA
 - Que significa “caráter é beleza”. É através destas escolhas que fazemos que sejam capazes de ser vistos como algo belo, e estas escolhas são acompanhadas do destino. É através destas escolhas que nosso caráter é moldado. Nós não conseguiremos alcançar nosso destino a não ser que desenvolvamos bom caráter.
ENIKEJI
 - Nosso gêmeo espiritual, que se mantém em espírito para nos lembrar do nosso destino escolhido em ILE ORUN. Quando formos para casa, haverá uma reconexão com Enikeji para ver se alcançamos nosso destino. Todos os Orí vem de Eledá, Olorun. Tudo vem daquele que dá vida e se manifesta como vida  Olódùmarè. Cada pessoa, pedra, árvore, punhado de terra é composto de Odù e tem um espírito de Eledá em si, Orí ou Oro, o que habita dentro. Tudo vem da mesma fonte, não diferentes, eu posso voltar como um pássaro, mas ainda com Orí, o que me dá a escolha necessária de alcançar meu destino escolhido. Mas ainda assim Orí vem de Eledá. O corpo do pássaro é somente a residência do espírito do pássaro, e o espírito vem de Olódùmarè.
IGBA IWA
- Que é nosso corpo que contem o nosso caráter, é somente a residência do espírito, independente de sua forma física. Nós temos a tendência de nos separarmos deste espírito, e é o que nos impede de alcançarmos IWA PELEKOTOPO-KELEBE, era o apelido de Orí antes dele se tornar a cabeça de todos os orixás. Especificamente, o Apere de Orí indica sua vitória sobre as outras divindades, e a ascensão de Orí ao alto da ponta do cone da existência, isto é a razão de existir. Para saber como Orí lidou com todas as ameaças de oposição de seus rivais e ditou seus destinos, é pertinente para mostrar o duplo sentido mostrado no verbo “da” (vencer ou conquistar ou criar) usado no Odù em Orí. Nós temos a noção de que em para ser ou criar algo, temos de sobrepor alguma oposição ou vencer alguém. Sem luta, não há sucesso na vida. O mais alto lugar, a posição de autoridade chamada APERE se tornou o trono de Orí, Orí foi mais adiante para provar sua superioridade sobre PRINSÁLA dando a ele um lugar permanente chamado OLE ALAMOLEKE e em Ode Iranjé, e uma função específica em AJALAMO ambos sobre o controle de Orí.
AJALAMO
-É um lugar muito interessante em IFÉ, é um lugar em que um espírito vai para escolher seu Orí. E a pessoa designada a este lugar é chamada de AJALA MOPIM o moldador de Orí ou cabeças, e ORINSALA, cuida de moldar os corpos. Há outro em AJALAMO, que não é mencionado, conhecido pelo nome de KORI, o moldador dos espíritos de crianças. Orí é aquele com asé que nos faz tê-lo. É tão poderoso que até IFÁ tem de se submeter a sua vontade. Orí venceu todos os orixás e foi o único capaz de abrir o obi do axé. Vontade dita como as coisas acontecem em nossa vida, se deixarmos Orí para trás, nós perdemos o direito de reclamar sobre nossa situação. Ninguém pode aprisionar nossa mente, mas só nós podemos. Escravidão é uma armadilha mental e quando nós deixamos de lado nossos direitos a liberdade, nós nos mantemos escravos. Diretamente a IWA que contem a palavra caráter. Para o Yorùbá IWA não quer dizer cumprir as diretivas de Olódùmarè que também é chamado de OBÁ MIMÓ.

“OBA PIPE, significando “o rei puro ou o rei perfeito” ou ALALÁ FUNFUM OKE” aquele de branco que habita no alto “É esta força que dispersa que é chamado IFÁ IYA, ou o oráculo do coração”. Os oráculos do coração são as diretivas ou ordens de OLODUMARE, aquilo que é o certo ou errado, que leva a cumprir ou não, o destino. Todos nós sabemos o que é o certo porque isto também foi dado com o sopro de Olódùmarè (EMI) que pôs em nós. É o oráculo do coração que nos guia e determina nossa vida ética. O oráculo do coração é a consciência da pessoa. As leis de OLODUMARE estão escritas no coração.
JE ÈWO
- Significa “comer o que é tabu” ou “fazer o que é proibido” e GBIGBA ÈWO significa “receber o tabu” ou “fazer o certo” (cumprir o preceito) esta é uma das maneiras que um é reconhecido, no desenvolvimento de IWA. Mas antes mesmo de virmos para este mundo, nós aprendemos e recebemos diretivas enquanto espíritos e isto são o que nós chamamos de instintos, ou a memória de Orí.
As leis dos homens são feitas para controlar e tirar as escolhas. Olódùmarè diz que cada um de nós tem escolha e que há uma punição divina. Nós temos a oportunidade de escolher a direção em que queremos ir, mas temos de realizar que todas as nossas dividas deverão ser pagas. É muito importante que nós mesmos escolhemos nossa própria direção para desenvolver ìwà, por que isto determinara o sucesso ou insucesso de alcançarmos nosso destino. De acordo com um dos versos de Ògúndá Meji, Òrúnmìlá reuniu todos os Òrìsà e perguntou qual deles acompanhariam seus devotos numa viagem distante através do oceano sem desertá-los em nenhum lugar. Sàngó, o deus do trovão e o mais corajoso, respondeu que ele iria com seus devotos para qualquer lugar sem olhar para trás. Òrúnmìlá convenceu xangô que esta não era a resposta correta, e ele convenceu cada um dos orixás que esta não era a resposta a sua pergunta. Eles imploraram a Òrúnmìlá para revelar a resposta correta, a qual Òrúnmìlá respondeu que somente Orí, a divindade pessoal de cada um, pode nos acompanhar até o lugar mais longínquo do mundo sem voltar atrás. Todo Orí, embora criado bom, acha-se sujeito a mudanças. Vimos que feiticeiros, bruxas, homens maus e a própria conduta podem transformar negativamente um Orí, sendo sinal dessa transformação uma cadeia interminável de infelicidades na vida de um homem a despeito de seus esforços para melhorar. O Orí, entidade parcialmente independente, considerado uma divindade em si próprio, é cultuado entre outras divindades, recebendo oferendas e orações. Quando Orí Inu está bem, todo o ser do homem está em boas condições. Como foi dito, nossos Orí espirituais são por eles mesmos subdivididos em dois elementos: Apari-inu e Orí Apere – Apari-Inu representa o caráter (natureza), Orí Apere representa o destino. Um indivíduo pode vir para a terra com um destino maravilhoso, mas se ele ou ela vem com mau caráter (natureza), a probabilidade de desempenho (cumprimento, execução) desse destino é severamente comprometida. O destino também pode ser afetado, então, pelo caráter da própria pessoa. Um bom destino deve ser sustentado por um bom caráter. Este é como uma divindade: se bem cultuado concede sua proteção.  Assim, o destino humano pode ser arruinado pela ação do homem.
Iwa re laye yii ni yoo da o lejo, ou seja, – “seu caráter, na terra, proferirá sentença contra você”.
Orí Para qualquer Yoruba, a palavra Orí tem uso amplo. Orí num primeiro momento quer dizer cabeça; e simboliza também - o ápice de todas as coisas; o mais alto desempenho, portanto contém o Zénite. Por exemplo, a cabeça é a parte mais alta e mais importante do corpo humano, é a moradia do cérebro que controla o corpo inteiro. O líder ou chefe de qualquer organização é referido como "Olóri" (a cabeça), Orí é cabeça, cabeça é alta, alto é supremo e o ser supremo é Olódùmarè (Deus maior).
No corpo humano ORI se subdivide em duas colocações:
A Cabeça Física- é o crânio humano, onde está o cérebro que usamos para o pensamento e controle das outras partes do corpo; consciente ou inconsciente; os olhos para tudo ver; o nariz para respirar e cheirar; orelhas para ouvir; a boca para alimentar e falar; a língua para saborear; nossa essência masculina ou feminina está na cabeça, o rosto que dela faz parte nos distinguem uns dos outros, imprimindo uma identidade individual; sem a cabeça o homem e mulher seriam como qualquer "X".
Cabeça Espiritual está subdividida em mais duas partes, a saber:
CABEÇA ESPIRITUAL
APARÍ-INÚ (Cabeça espiritual interna) - ORÍ-ÀPÉRÉ (santo pessoal, destino ou parte divina de cada um: escolhido no domínio de ÀJÀLÁ - divindade de ORÍ).
ORÍ-ÀPÉRÉ é acumulação de destino individual; Isto é:
ÀKÚNLÈYÀN, ÀKÚNLÈGBÁ e ÀYÀNMÓ.
AKUNLEYAN é a parte do destino que cada um escolhe por vontade (livre arbítrio) própria AKUNLEGBA é a parte do destino o qual está adicionada como complemento de AKUNLEYAN AYANMO é aquela parte do destino que nunca pode ser mudado. Por exemplo - pais, sexo, karma, etc. Mas Àkúnlèyàn e Àkúnlègbà podem ser melhorados enquanto Àyànmó não pode ser modificado.
ORÍ-APÉRÉ está escolhido no domínio de AJALÁ (divindade de Orí)
APARI INÚ é de caráter individual, uma pessoa poderia chegar a terra com bom destino, mas, sem boa conduta; A maldade da cabeça espiritual interna danificará definitivamente o bom destino, o inverso também acontece. Porém o "destino" pode ser modificado, numa certa medida, quando certos segredos são conhecidos, dentro de um contexto e conhecimento da Teologia Yorùbá. Contudo ORÍ é o mais importante entre as divindades. Na ordem de importância - o primeiro é Orí; o segundo é a mãe, e se ela tenha morrido seu espírito; em terceiro lugar é o pai, e se tenha morrido, o seu espírito; em quarto lugar, IFÁ e a seguir, seu orixá e as outras divindades.

Fonte:
 (Por Gbolahn Okemuyiwae Awo Ademola Fabunmi - traduzido por: Adélékè Àdìsá Ògún)


Babalòrìsà José Carlos de Ibùalámo.

4 comentários:

  1. Parabéns para o meu pai José Carlos. Sempre com colocações pontuais e nos fazendo refletir sempre mais e mais sobre tudo o qeu nos cerca, seja no campo religioso e nos demais que nos acompanham. Ainda bem, que fui orientado à estar nessa casa tão maravilhosa, onde, de longe, se respira, sente-se uma energia fantástica!!

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  2. MOJUBÁ A TODOS DO ASÉ IBUALAMO !!, UM BELA FAMILIA E UMA NOBRE INICIATIVA PROPAGAR O QUE DE VERDADE PODE ACRESCENTAR EM PRÓ DE NOSSA RELIGIÃO.ADUPÉ BABÁ JOSÉ CARLOS, OGÃ VINICIUS E TODOS OS QUE SEMPRE ESTÃO A COLABORAR COM MAIS ESPAÇO DE INFORMAÇÃO E ENSINAMENTOS COM HUMILDADE.

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  3. Não me canso de lhe parabenizar as questões que aqui o senhor posta.Todos deveria ler e adquiri esses conhecimentos pois vivem pessoas em nossa religião que não sabe o significado da vida(seu destino)E aqui esta algumas explicações que ajudará alguns não cometerem os mesmo erros.
    Obs:Conhece ori e conhecer sobre nos mesmo.ireo

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  4. Mo Jùbá meu velho....Excelente postagem forte abraço.

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